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Preços dos combustíveis disparam em Minas Gerais
03/09/2021 16:38 em Economia

Os preços dos combustíveis em Minas Gerais seguem registrando altas. Segundo os dados da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), em agosto, frente a julho, a maior valorização foi verificada no preço médio do etanol, +3,79%.

Alta também no valor final da gasolina para o consumidor, +1,99%, e do diesel, +0,56%. Com mais um mês marcado por reajustes, no acumulado dos primeiros oito meses de 2021, a gasolina já acumula aumento de 29,54%, o etanol de 39,17% e o diesel de 24,14%.

 

Além dos vários reajustes anunciados pela Petrobras, a partir de 1º de setembro, houve uma nova alta na base de cálculo do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS) dos combustíveis. Conforme os dados do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz), o preço médio ponderado ao consumidor final (PMPF) subiu 1,9% na gasolina e aumentou 3,25% no caso do etanol hidratado.

 

O PMPF da gasolina passou de R$ 6,133 para R$ 6,252. Com o reajuste, o ICMS cobrado por litro subiu de R$ 1,90 para R$ 1,93. No caso do etanol hidratado, o preço base saiu de R$ 4,436 para atuais R$ 4,590. O reajuste aumentou a arrecadação do ICMS por litro em R$ 0,024. Para cada litro de etanol vendido, são cobrados R$ 0,73 de ICMS.

 

Com todos os reajustes nos preços dos combustíveis, o valor médio da gasolina em Minas Gerais chegou a R$ 6,126 em agosto, o que representou um avanço de 1,99% frente a julho, quando a média estava em R$ 6,006, e em expressivos 29,54% se comparado com o valor praticado em janeiro, que era de R$ 4,729 por litro. No Estado, o valor mínimo registrado foi de R$ 5,769 por litro e o máximo de R$ 6,999 por litro.

 

Em Belo Horizonte, os reajustes na gasolina também foram significativos. Em agosto o preço médio ficou em R$ 5,974, aumento de 1,89% se comparado com julho (R$ 5,863) e de 27,45% frente a janeiro, quando o litro custava, em média, R$ 4,529. O valor mínimo registrado na Capital, ao longo de agosto, foi de R$ 5,769 e o mais alto de R$ 6,297.

 

Em nota, o Sindicato do Comércio Varejista de Derivados do Petróleo do Estado de Minas Gerais (Minaspetro), explicou que a Petrobras, desde 2017, vem praticando uma política de alinhamento dos preços de produção com os valores do barril de petróleo no mercado internacional.

 

“O Minaspetro acredita que essa livre oscilação é saudável, tendo em vista que as commodities têm liberdade de variação, e intervenções governamentais não são a melhor estratégia a ser seguida. No entanto, a entidade lamenta os sucessivos aumentos praticados este ano e informa que o elevado preço dos combustíveis no Brasil é nocivo também para o empresário varejista, que necessita de maior capital de giro para compor o estoque, além de claramente registrar forte redução das vendas na pista”.

 

Ainda em nota, o Minaspetro apontou que a solução para um preço mais adequado dos combustíveis passa por uma tributação mais justa. Hoje, aproximadamente 50% do preço final dos combustíveis são impostos. “Por isso, uma reforma tributária seria a solução mais adequada e sustentável para um preço mais ajustado dos combustíveis”.

 

Assim como na gasolina, os preços do etanol também subiram ao longo de agosto. No Estado, a alta frente a julho foi de 3,79%, com o litro saindo da média de R$ 4,343 para R$ 4,508. O reajuste ampliou para 39,17% a alta acumulada desde janeiro, quando o litro era negociado nos postos a R$ 3,239.

 

Em Belo Horizonte, o biocombustível teve o preço médio reajustado em 4,38%, chegando a R$ 4,425 em agosto. No ano, os preços já avançaram 38,15%, uma vez que janeiro encerrou com o litro do etanol hidratado a R$ 3,203.

Alta também foi registrada no preço do diesel em Minas Gerais. O levantamento da ANP mostra um avanço de 24,14% entre janeiro e agosto, com o litro saindo de R$ 3,744 para atuais R$ 4,648. Na comparação com julho, a alta no diesel ficou em 0,56%.

 

Na Capital, no acumulado dos oito primeiros meses de 2021, o diesel ficou 23,4% mais caro, com o preço médio avançando de R$ 3,742 para R$ 4,618. Frente ao mês anterior, a variação positiva foi de 0,13%.

 

 

Fonte: https://diariodocomercio.com.br

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