O saldo de empregos formais continuou positivo no mês passado em Minas Gerais, conforme os dados do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged), do Ministério do Trabalho.
Em julho, houve superávit de 34.333 vagas de trabalho no Estado. A criação de postos de trabalho segue positiva desde o início do ano e chegou a 219.560 no acumulado dos sete primeiros meses de 2021.
As 34.333 vagas representam o melhor resultado para o mês de julho, desde 2013. No sétimo mês de 2013, 11.633 postos de trabalho foram criados em Minas. Desde então, o Estado apresentou superávit no mês de julho apenas em 2017, 2018 e no ano passado, mas sempre abaixo dos mais de 34 mil postos.
Além disso, o resultado do emprego formal de julho em Minas superou em 46% os 15.843 empregos do mesmo mês de 2020.
Ao todo foram contratados 182.066 profissionais e demitidos outros 147.733 durante o sétimo mês deste exercício. Com isso, Minas acumulou 1,213 milhão de contratações e 994.150 desligamentos no período de janeiro a julho de 2021.
Tanto no mês como no ano, o Estado apresentou o segundo maior saldo do Brasil. Em âmbito nacional, o saldo do mercado de trabalho foi de 316.580 empregos no último mês e 1,848 milhão de vagas no acumulado do ano. São Paulo lidera a geração.
Vale lembrar que o governo federal adotou uma nova metodologia da pesquisa para o Caged. Anteriormente, os dados eram computados utilizando informações da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), agora também entram as informações do eSocial, o que resulta em mais categorias consideradas.
Empregos formais por setores
Mais uma vez, o setor de serviços foi o que mais gerou empregos em Minas Gerais no mês passado, com 12.276 novos postos.
De acordo com os dados do Caged, a maior parte das vagas foi atribuída ao subsetor de informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativa seguida pelo grupo de administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais.
Depois de serviços, destacou-se o comércio, com 8.331 empregos gerados no Estado no último mês. O comércio varejista respondeu por 6.320 vagas, o por atacado 1.299 e o de veículos automotores e motocicletas 712.
Em terceiro ficou a indústria geral, com 7.775 novos postos de trabalho criados no mês passado. A construção civil gerou 4.851 empregos e a agropecuária 1.100 em julho no Estado, de acordo com o Caged.
Vale destacar que o Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda (BEm) chegou ao fim na última quarta-feira (25), prazo limite para que empresas firmassem os acordos de redução de jornada e salário ou de suspensão de contratos de trabalho, o que poderá trazer algum impacto para o mercado de trabalho formal nos próximos meses.
Lançado no ano passado como uma das medidas de enfrentamento à crise econômica gerada pela pandemia de Covid-19, o programa beneficiou cerca de 10 milhões de trabalhadores em acordos que tiveram a adesão de quase 1,5 milhão de empresas.
Apenas neste ano, desde quando foi relançado em abril, até o dia 17 de agosto, mais de 2,5 milhões de trabalhadores obtiveram a garantia provisória de emprego mediante acordo com 632,9 mil empregadores.
Fonte: diariodocomercio.com.br